partido verde - 43
e isso é tudo :-)
very slow blog
É PARA LÁ QUE EU VOU
Para além da orelha existe um som, à extremidade do olhar um aspecto, às pontas dos dedos um objeto - é para lá que eu vou.
À ponta do lápis o traço.
Onde expira um pensamento está uma idéia, ao derradeiro hálito de alegria uma outra alegria, à ponta da espada a magia - é para lá que eu vou.
Na ponta dos pés o salto.
Parece a história de alguém que foi e não voltou - é para lá que eu vou.
Ou não vou? Vou, sim. E volto para ver como estão as coisas. Se continuam mágicas. Realidade? eu vos espero. E para lá que eu vou.
Na ponta da palavra está a palavra. Quero usar a palavra "tertúlia" e não sei aonde e quando. À beira da tertúlia está a família. À beira da família estou eu. À beira de eu estou mim. É para mim que eu vou. E de mim saio para ver. Ver o quê? ver o que existe. Depois de morta é para a realidade que vou. Por enquanto é sonho. Sonho fatídico. Mas depois - depois tudo é real. E a alma livre procura um canto para se acomodar. Mim é um eu que anuncio.
Não sei sobre o que estou falando. Estou falando de nada. Eu sou nada. Depois de morta engrandecerei e me espalharei, e alguém dirá com amor meu nome.
É para o meu pobre nome que vou.
E de lá volto para chamar o nome do ser amado e dos filhos. Eles me responderão. Enfim terei uma resposta. Que resposta? a do amor. Amor: eu vos amo tanto. Eu amo o amor. O amor é vermelho. O ciúme é verde. Meus olhos são verdes. Mas são verdes tão escuros que na fotografia saem negros. Meu segredo é ter os olhos verdes e ninguém saber.
À extremidade de mim estou eu. Eu, implorante, eu a que necessita, a que pede, a que chora, a que se lamenta. Mas a que canta. A que diz palavras. Palavras ao vento? que importa, os ventos as trazem de novo e eu as possuo.
Eu à beira do vento. O morro dos ventos uivantes me chama. Vou, bruxa que sou. E me transmuto.
Oh, cachorro, cadê tua alma? está à beira de teu corpo? Eu estou à beira de meu corpo. E feneço lentamente.
Que estou eu a dizer? Estou dizendo amor. E à beira do amor estamos nós.
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mônica
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2:22 AM
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achei!!
"Não entendo. Isso é tão vasto que ultrapassa qualquer entender. Entender é sempre limitado. Mas não entender pode não ter fronteiras. Sinto que sou muito mais completa quando não entendo. Não entender, do modo como falo, é um dom. Não entender, mas não como um simples de espírito. O bom é ser inteligente e não entender. É uma benção estranha, como ter loucura sem ser doida. É um desinteresse manso, é uma doçura de burrice. Só que de vez em quando vem a inquietação: quero entender um pouco. Não demais: mas pelo menos entender que não entendo."
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mônica
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1:30 AM
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sete meses depois, terminei ana karenina. vim até aqui por acaso, saber se alguma coisa tinha mudado, e tudo mudou! estou até de unhas feitas. muito plantão. nem tanta tradução. a vida é boa. e este blog é a prova de que tudo é efêmero: cadê os meus links?? novo formato, nenhum link :-)
"Todas as famílias felizes são parecidas entre si. As infelizes são infelizes cada uma a sua maneira"
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mônica
às
9:36 PM
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hoje, no dailyzen
People who study Buddhism
Should seek real, true
Perception and understanding.
If you attain real, true
Perception and understanding,
Birth and death don’t affect you;
You are free to go or stay.
You needn’t seek wonders,
For wonders come of themselves.
- Linji (d.-867?)
http://www.dailyzen.com/
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mônica
às
5:02 PM
achei uns links bacanas. vou tomar coca-cola e leio na porta da geladeira:
"A realidade é chata, mas é ainda o único lugar onde você pode comer um bom bife com batata frita."
Woody Allen
dia legal. todo mundo feliz aqui em casa.
então lembro das explosões em Madrid pela manhã. dia triste.
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mônica
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2:32 AM